22.1.2021
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De: Sergio Silva em Recife, 04/03/2016 11:30:14h
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G1
10/07/2020
A Amazônia registrou 1.034,4 km² de área sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado do semestre, os alertas indicam devastação em 3.069,57 km² da Amazônia, aumento de 25% em comparação ao primeiro semestre de 2019.
Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados nesta sexta-feira (10).
Os alertas até junho de 2020 apontam:
Os dados servem de indicação às equipes de fiscalização sobre onde pode estar havendo crime ambiental. Os números não representam a taxa oficial de desmatamento, que é medida por outro sistema, divulgado uma vez ao ano.
O Brasil enfrenta pressão de investidores estrangeiros para diminuir o desmatamento na Amazônia. O Ministério Público Federal (MPF) está pedindo o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por crime de improbidade administrativa. De acordo com o MPF, há "desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente". Nesta quinta-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão disse para investidores que o Brasil busca reduzir o desmatamento, mas os dados mostram aumento na tendência de desmate.
Alertas de desmatamento na Amazônia em 2020, em km²
Índices indicam que, mesmo na pandemia, a derrubada de árvores no bioma não foi interrompida
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Fonte: Deter/Inpe
Nos últimos 11 meses, os alertas de desmatamento cresceram 64% em comparação ao mesmo período anterior. Foram mais de 7,5 mil km² de floresta com sinais de desmatamento. No período anterior, eram 4,5 mil km².
Alertas de desmatamento na Amazônia, de agosto a junho
Taxa de desmatamento oficial, medida de agosto a julho, poderá ser maior na temporada que termina em 2020.
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Fonte: Deter/Inpe
O dado aponta que a taxa oficial de desmatamento na Amazônia, medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte, deverá ser maior do que a registrada no período anterior, quando 10.129 km² foram desmatados, a maior área desde 2008, quando foram derrubados 12.911 km² de floresta.
"O desmatamento continua aumentando e os números de 2020 vão ser muito piores que de 2019. A taxa oficial deve ficar 30% maior que no ano passado, que já foi o pior ano em uma década. De lá para cá, tivemos GLO no ano passado, GLO neste ano, e nada resolveu porque de fato não existe compromisso concreto de combate ao crime ambiental", afirma Carlos Rittl, senior fellow do Instituto de Estudos Avançados em Sustentabilidade de Potsdam, Alemanha.
GLO é a sigla para o decreto de "Garantia da Lei e da Ordem". As missões são feitas pelas Forças Armadas, por ordem expressa da Presidência da República. Na Amazônia, o Exército dá suporte e segurança aos fiscais do Ibama, para que não sejam alvo de criminosos. A mais recente GLO foi assinada em maio deste ano, com validade até 10 de junho – ainda assim, os dois meses tiveram alta nos alertas de desmatamento.
"Somente agora que ficou claro o risco do Brasil perder investimentos, em uma hora que vamos precisar de recursos saindo da pandemia, é que o governo começa a dizer que está preocupado. Mas, até o ano passado, eles brigaram com números, brigaram com o Inpe, demitiram o chefe do Inpe, brigaram com a ciência, brigaram com satélites, mas não com os criminosos ambientais", afirma Rittl.
Alertas de desmatamento na Amazônia, mês a mês
Taxa de desmatamento oficial, medida de agosto a julho, poderá ser maior na temporada que termina em 2020.
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Fonte: Deter/Inpe
No acumulado deste ano, de janeiro a junho, o Inpe registrou aumento de 25% nos alertas de desmatamento, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Os dados indicam que o crime ambiental continua ocorrendo, mesmo no período em que o país enfrenta a pandemia do coronavírus.
"Não se consegue esconder o que os satélites mostram. A gente tem mais desmatamento e mais queimadas, mesmo em período de pandemia. Criminosos ambientais não estão fazendo quarentena", afirma Rittl.
15 de setembro - Parte de uma árvore na Floresta Amazônica é vista em chamas no território indígena de Tenharim Marmelos, na Amazônia. Segundo dados do Inpe, quase 20 mil focos de queimadas foram registrados na Amazônia em setembro. No acumulado do ano foram registrados quase 88 mil focos de queimadas, um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2018 — Foto: Bruno Kelly/Reuters/Arquivo
Isso aponta para outro risco ambiental na Amazônia: as queimadas. Com tanta madeira cortada, a tendência é que o material seja incendiado para abrir espaço na floresta. Os dados do Programa Queimadas do Inpe já apontam aumento nos focos de incêndio, antes mesmo do período em que as queimadas são mais ativas na Amazônia, entre junho e setembro a outubro.
Em junho, os focos de queimadas no bioma foram os maiores para o mês nos últimos 13 anos, de acordo com o Inpe. Foram 2.248 focos ativos, um aumento de 19,6% em comparação com o mesmo mês no ano passado, com 1.880 focos.
Segundo Rittl, o que foi queimado em junho provavelmente foi desmatado em abril – em geral, são necessários dois meses para as madeiras e folhas secarem, já que a Amazônia é uma floresta úmida.
"Os números de desmatamento em junho são um bom indicador do que virá de queimadas nos próximos meses", afirma Rittl.
Para Alberto Setzer, coordenador do programa de monitoramento de queimadas do Inpe, “90% de tudo que vai queimar está pela frente ainda." "Se vai aumentar ou diminuir, depende de diversos fatores, como o clima e a fiscalização", afirma Setzer.
“Mesmo que não se queime nenhum metro quadrado na atual temporada de fogo que vai até setembro – como espera o vice-presidente da República Hamilton Mourão ao propor novamente a moratória das queimadas na Amazônia Legal este ano –, o maior estrago já foi feito”, diz o diretor de Conservação e Restauração do WWF-Brasil, Edegar Rosa.
O governo divulgou neste ano um plano nacional contra o desmatamento, com vigência até 2023. O documento, com 25 páginas, foi elaborado em cima de cinco eixos: tolerância zero ao desmatamento ilegal, regularização fundiária; ordenamento territorial; pagamentos por serviços ambientais; e bioeconomia. Não há metas ou prazos claros.
Segundo ambientalistas, o foco nestas ações poderia combater o crime ambiental. Em 2019, apenas 0,5% da área desmatada era legal, de acordo com Relatório Anual de Desmatamento do MapBiomas. Na mão de criminosos, a Amazônia perdeu por dia uma área equivalente 1,9 mil campos de futebol de floresta natural no ano passado, em média.
Enquanto o crime ocorre, as multas por desmatamento ilegal na Amazônia foram praticamente suspensas desde outubro de 2019, quando o governo estabeleceu que elas deveriam ser revistas em audiências de conciliação. Segundo a organização não-governamental Human Rights Watch, apenas cinco dessas audiências foram realizadas em todo o país desde então.
Sem fiscalização, pode haver aumento da grilagem. Um levantamento do Instituto Pesquisa Amazônia (Ipam) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) indica que a Amazônia tem 23% de floresta em terras públicas não destinadas registradas ilegalmente como propriedades privadas. O percentual representa 11,6 milhões de hectares de florestas públicas "tomadas" ao longo de 21 anos (1997-2018). Ao todo, a Amazônia tem 49,8 milhões de hectares de florestas sem destinação.
A ONG HUman Rights Watch afirma que os desmatamento e as queimadas na Amazônia estão ligados a uma rede de criminosos que pagam por mão de obra, grandes maquinários como motosserras, tratores, correntes, caminhões, e por proteção de milícia armada contra quem tenta denunciar os crimes. Segundo a ONG, os criminosos ameaçam indígenas, agricultores, agentes públicos e até policiais.
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